Solidariedade aos trabalhadores salvadorenhos do STISSS! Portuguese Share TweetO novo ministro do trabalho, Rolando Castro, um ex-sindicalista, iniciou uma cruzada contra o Sindicato de Trabalhadores do Instituto Salvadorenho de Previdência Social – STISSS. Utilizando-se do aparelho do Estado e com manobras “legais”, organizou um golpe de Estado contra a direção do sindicato. Esta direção, que havia sido eleita através de assembleia geral em 2018, foi destituída e expulsa da organização. Baseando-se numa assembleia inexistente com o apoio de credenciais “legais” do Ministério de Trabalho uma liga de marionetes comandada por Ricardo Monge, um velho burocrata sindicalista, controlam arbitrariamente hoje a direção do sindicato.[Source]Na tarde de 10 de setembro, com furadeiras em mãos, um grupo de supostos sindicalistas invadiu à força a sede do sindicato na cidade de Santa Ana. O primeiro passo deste plano é destruir ou converter o sindicato num instrumento frágil, justamente o mais representativo da luta contra as privatizações nos últimos 20 anos. Não duvidamos que existam intenções do capital de eliminar tudo que for um obstáculo para seus planos privatizantes.A Luta histórica do STISSSNa década do 2000, foi a heroica luta dos trabalhadores da saúde e todas as alianças com as organizações dos explorados o que freou a privatização da saúde. Porém, esta só pôde triunfar a partir de utilização dos métodos tradicionais e revolucionários da classe operária: a greve e as mobilizações de massas.Foi em 2001 o último ano no qual El Salvador pôde ver as maiores mobilizações desde o fim da guerra. O sindicato que esteve à frente destas maravilhosas e inspiradoras mobilizações foi o STISSS, sindicato que agora está sendo atacado pelo governo.Governo cúmplice dos ataquesRecusamos os ataques contra o STISSS que são realizados pelo nefasto Ministro do Trabalho, traidor dos interesses da classe trabalhadora. Condenamos suas ações e nos solidarizamos com o sindicato, um ataque ao STISSS é um ataque a toda a classe operária em seu conjunto. Chamamos às organizações sociais e sindicais a manifestar-se na contramão destas ações reacionárias do governo de Nayib Bukele.Em seus primeiros 100 dias o presidente tem-se gabado de abastecer de medicamentos os hospitais do sistema de saúde público. Superficialmente isto parece bom, mas um sistema de saúde como o nosso, deficiente, não será reparado com doações e medidas cosméticas. Para que possa haver um sistema de saúde de qualidade e acessível, deve-se mexer nos interesses das grandes empresas farmacêuticas, hospitais privados e construtoras. Porquê, o que de fato é necessário, são recursos e isso não está nas mãos dos explorados, mas nas mãos dos capitalistas.A ofensiva do governo contra os trabalhadores está moldada num plano de austeridade, seguindo as determinações do FMI que tem recomendado cortar despesa social (eliminação de programas como Jovens Com Todo e Cidade Mulher) e reduzir o Estado, demitindo funcionários da televisão nacional e secretarias antes existentes, sem garantir o direito a emprego desses trabalhadores. A tudo isto o Ministério do Trabalho comandado por Rolando Castro, guarda um silencio lúgubre. Agora o ataque ao STISSS não pode estar fora de uma ofensiva que pretende entregar ao capital a saúde pública.O sindicato deve aprofundar as jornadas de ação nacional e o chamado à solidariedade internacional. Convocar mobilizações em frente ao ministério de trabalho para obrigar ao ministro e ao governo de Nayib Bukele a retroceder em sua ofensiva.PortantoComo marxista da Corrente Marxista Internacional (CMI) chamamos à solidariedade nacional e internacional para deter a ofensiva reacionária contra nossos colegas de classeNão só está sendo atacado o sindicato, mas também nossas conquistas democráticas conseguidas através da luta revolucionáriaExigimos o reconhecimento da direção democraticamente eleita pelo Ministério de TrabalhoAssinalamos que esta é também uma ameaça privatizante ao sistema de saúde pública que afetará a todas as classes exploradasDefendamos a saúde publica, expulsemos as mãos privadas de nossos recursos e instituições publicasSó a luta organizada e combativa poderá deter estes ataques. Devemos batalhar por nossas conquistas contra o capital e seu governo traidor e servilRespeito ao STISSS!A classe operária em pé de luta!Por um sistema de saúde público e gratuito para todos e de qualidade!Fora Rolando Castro do Ministério de Trabalho!Enviar mensagens de protesto a:– Secretaria da presidência: contacto@presidencia.gob.sv– Ministério do Trabalho e Previdência Social: despacho@mtps.gob.sv– Procuradoria para a defesa dos direitos humanos PDDH:raquelcaballerodeguevara@gmail.com, com copia para:Secretária Geral do STISSS: armidafrancov@hotmail.comTambém podem enviar mensagens de protesto através de twitter às seguintes contas:Twitter do presidente @nayibbukeleTwitter do Ministro de trabalho Rolando Castro @RolandoCastroSvTwitter do Ministério do Trabalho e Previdência Socia@TrabajoSV>