Portuguese

O resultado chocante das eleições presidenciais norte-americanas constitui mais um exemplo do tipo de mudanças súbitas e bruscas que estão implícitas na situação. Até ao último minuto, os especialistas da comunicação social estavam a esforçar todos os nervos e músculos para provar que as sondagens se encaminhavam para uma vitória de Harris, embora com uma margem estreita.

Os norte-americanos estão acostumados a ouvir que cada eleição é “a mais importante da nossa vida”. Este ano, ambos os candidatos deram um passo à frente, argumentando que está é “a eleição mais importante da história dos Estados Unidos”. A favor ou contra Trump? Esta é a suposta questão existencial colocada por ambos os principais partidos. Mas, primeiramente, o que exatamente é o trumpismo? Abunda a confusão sobre esta questão e, no entanto, é impossível entender para onde a sociedade dos EUA está indo sem um diagnóstico correto desta enfermidade.

O povo palestino foi removido à força de sua terra natal pelas milícias sionistas armadas em 1948, em um evento que permanece em sua memória coletiva como a Nakba, ou a Catástrofe. O projeto sionista sempre teve como objetivo tal desenvolvimento, e todos os comunistas revolucionários genuínos se opuseram constantemente à ideologia sionista. Por que então Stalin abandonou a posição de um Estado para os dois povos, palestinos e judeus, e saiu em defesa da partilha em 1947, junto com a instalação subsequente de um Estado judeu separado?

The Morning Star, porta-voz político do Partido Comunista da Grã-Bretanha, está elogiando e promovendo dois novos livros que analisam a China, China’s Great Road, de John Ross, e The East is Still Red, de Carlos Martinez. Como se pode perceber pelos títulos, ambos os livros apresentam a economia chinesa moderna e o Partido Comunista como genuinamente marxistas, o que, aos seus olhos, obriga todos os comunistas a apoiá-los ativamente. Ambos os livros argumentam que a China está abrindo caminho para o socialismo e, em última instância, para o comunismo.

Após a queda dramática da ditadura de Hasina – a chamada “Revolução da Primavera de Bangladesh” – as massas de Bangladesh começaram a sonhar mais uma vez com a felicidade prometida. Mal sabiam elas o quão longe estavam do conto de fadas prometido de “felizes para sempre”.

Há poucos meses Bangladesh brilhou com o fogo da revolução. As massas entraram mais uma vez em cena e redescobriram uma rica tradição revolucionária que remonta às décadas passadas. De fato, as tarefas desta revolução são as tarefas inacabadas de uma revolução inacabada, que começou a mais de cinquenta anos atrás e culminou na Guerra de Independência contra a dominação do Paquistão em 1971. É vital aprendermos as lições desse período, não apenas para entendermos o presente, mas para assegurarmos que a luta revolucionária que está ocorrendo hoje caminhe para a vitória.

Um ano após o ataque de 7 de outubro do Hamas ao sul de Israel, a guerra que se seguiu produziu um desastre humanitário sem precedentes para os palestinos que vivem na Faixa de Gaza. Agora o Líbano está enfrentando um cenário semelhante. Netanyahu alertou o Hezbollah que Israel poderia “transformar Beirute e o sul do Líbano… em Gaza”.

“Presidente de tendência marxista ganha as eleições do Sri Lanka”. Foi assim que a imprensa internacional anunciou o resultado das eleições presidenciais do país no último fim de semana. As manchetes estão incorretas, mas os fatos são impressionantes por si só.

Na madrugada de 1 de outubro, o exército israelita atravessou a fronteira do Líbano e iniciou uma invasão terrestre do país, após duas semanas de pesados ataques aéreos. Trata-se de uma guerra profundamente reacionária, apoiada e financiada pelo imperialismo norte-americano e Ocidental, que ameaça engolir todo o Médio Oriente numa guerra aberta, que poderá durar anos e deixar um sofrimento angustiante. 

Apenas um minuto depois da meia-noite de 13 de setembro, 33 mil filiados à Associação Internacional de Maquinistas e Trabalhadores Aeroespaciais (IAM) dos Distritos 751 e W24 abandonaram o trabalho e montaram piquetes. É a primeira greve desde 2008 na Boeing, a gigante aeroespacial que emprega 66 mil trabalhadores em todo o estado de Washington e mais de 171 mil em todo os EUA.

Quando as divisões entre os marxistas russos entre “bolcheviques” e “mencheviques” surgiram pela primeira vez, no 2º Congresso do Partido Operário Social-Democrata Russo (POSDR), em 1903, elas permaneceram confinadas a diferenças secundárias sobre questões organizacionais. Somente com a Revolução de 1905 surgiram verdadeiras diferenças políticas, como Lênin explicou em seu brilhante panfleto daquele ano, “Duas Táticas da Social-Democracia na Revolução Democrática”. Mais do que qualquer outra coisa, guerra e revolução revelam diferenças políticas com clareza cristalina.

Pelo menos nove pessoas foram mortas — incluindo uma menina de 10 anos — e mais de 2,8 mil ficaram feridas, muitas delas em estado crítico, quando os pagers que carregavam explodiram, em um ataque coordenado sem precedentes contra o Hezbollah no Líbano. Autoridades americanas disseram que Israel estava por trás do ataque, que estava sendo preparado há meses e que acontece enquanto o gabinete de Netanyahu acaba de votar para ampliar os objetivos da guerra, visando incluir o retorno daqueles que foram deslocados do norte do país para suas casas, o que é um código para lançar uma invasão do Líbano.

A recuperação dos corpos de seis reféns, mantidos pelo Hamas em Gaza, pelo exército israelense no último fim de semana, levou a uma explosão de raiva, direcionada contra o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu. Centenas de milhares foram às ruas no dia 1º de setembro em manifestações massivas em Israel. O país foi paralisado por uma greve geral convocada pela Histadrut (a Organização Geral dos Trabalhadores em Israel) na manhã do dia 2. Os manifestantes responsabilizam Netanyahu pela morte dos reféns, dada sua sabotagem flagrante e constante das negociações com o Hamas. Esta é uma crise política muito séria que pode levar à remoção do primeiro-ministro israelense.

Após sete semanas de atrasos e de uma série de “consultas”, o presidente francês Macron anunciou no dia 05 de setembro a nomeação de Michel Barnier, do tradicional partido de centro-direita Les Républicains (LR), como primeiro-ministro da França. Este ficou em quarto lugar nas eleições legislativas onde a Nova Frente Popular (NFP) de esquerda ganhou a maioria dos assentos.