Esquerda Marxista brasileira une-se à Corrente Marxista Internacional: Um grande avanço na unificação do Trotskismo internacional Portuguese Share Tweet Portuguese translation of Brazilian Esquerda Marxista joins International Marxist Tendency: A breakthrough in the unification of international Trotskyism (February 29, 2008) O grupo brasileiro, Esquerda Marxista, organizou uma escola de quadros e um congresso com cerca de 60 filiados e alguns simpatizantes presentes ao evento. Em seu congresso, a Esquerda Marxista decidiu por unanimidade unir-se à Corrente Marxista Internacional (CMI). Este fato representa um importante marco para o marxismo em escala mundial. A Esquerda Marxista é a ala marxista de esquerda do Partido dos Trabalhadores (PT) e reúne em suas fileiras a liderança do Movimento das Fábricas Ocupadas no Brasil, do Movimento Negro Socialista, vários dirigentes de importantes sindicatos e muitos jovens revolucionários. Aproximamo-nos dos camaradas da Esquerda Marxista em conseqüência do trabalho da CMR (Corrente Marxista Revolucionária), a CMI na Venezuela. Nosso trabalho nas fábricas ocupadas na Venezuela é muito semelhante ao trabalho que estava sendo feito no Brasil. Foi através desta via que o grupo no Brasil aproximou-se de nós. Quando pudemos conhecer melhor o grupo, também descobrimos que ele tinha desenvolvido uma análise do processo revolucionário na Venezuela muito semelhante à nossa. Em discussões subseqüentes, descobrimos que concordávamos em praticamente todos os temas mais importante. Nossos novos camaradas vieram de uma tradição "lambertista" (proveniente do nome de Pierre Lambert, o dirigente e fundador dessa tendência). O que os levou à ruptura com o lambertismo foi o seu trabalho nas fábricas ocupadas, a análise da revolução venezuelana e seu método de trabalho dentro do movimento dos trabalhadores. Estes mesmos princípios os levaram à Corrente Marxista Internacional. Podemos afirmar com toda convicção que a revolução na Venezuela uniu o grupo brasileiro e a CMI. A revolução separa os reformistas e os sectários do verdadeiro marxismo e une os verdadeiros revolucionários. A Esquerda Marxista está agora se unindo à CMI. E este fato constitui um desenvolvimento de imensa importância na construção de uma genuína internacional revolucionária. Também é um golpe contra as práticas confusas dos grupos sectários que agem na franja do movimento dos trabalhadores, que levam ao constante fracionalismo e à divisão de forças. Temos, aqui, um exemplo de tendências verdadeiramente revolucionárias caminhando juntos e reunindo forças. A junção do grupo brasileiro à nossa tendência internacional constitui um importante passo a frente na construção da Corrente Marxista em toda a América Latina. Também estamos convencidos de que deve haver muitos outros grupos que eventualmente se unirão a nós na América Latina. Antes do congresso, houve uma escola de quadros que durou quatro dias. A agenda foi a seguinte: 1) relatório do recente encontro do Comitê Executivo Internacional (CEI), concentrado principalmente no desenvolvimento da Internacional; 2) Marxismo e Estado; 3) a teoria da Revolução Permanente; 4) Perspectivas Mundiais; 5) Finanças. Antes disso, houve um encontro especial para a coordenação de uma contra-ofensiva em relação a todos os ataques ao Movimento das Fábricas Ocupadas, que envolve grande número de procedimentos legais, casos judiciais, etc. As fábricas ocupadas No ano passado ocorreu um ataque planejado contra as fábricas ocupadas, com CIPLA e Interfibra no centro deste ataque. Como já tínhamos relatado em artigos anteriores, o Estado organizou uma completa operação militar contra estas fábricas. Na CIPLA todos os principais ativistas políticos e sindicalistas foram imediatamente demitidos, depois da polícia se apossar das instalações da fábrica, e muitos estão agora enfrentando procedimentos legais. Desde esse dia, cerca de 250 trabalhadores foram despedidos. Contudo, mesmo nestas terríveis condições, a chama da resistência da classe trabalhadora não foi totalmente extinta. Um exemplo disto foi o que aconteceu durante as eleições do Comitê Nacional do PT. Havia alguns militantes do PT que ainda trabalhavam na CIPLA. Destes, mais de 40 votaram pela Esquerda Marxista. Eles se apresentaram na sede local do PT, declararam com clareza que as únicas pessoas sérias são os camaradas da Esquerda Marxista, colocaram adesivos dos camaradas e os exibiram para todos verem. Este pequeno fato por si mesmo foi um grande incentivo para todos os camaradas envolvidos. Mesmo em meio às condições de um semi-estado policial na fábrica, a visão dos trabalhadores mais avançados é clara. No momento, o administrador imposto na fábrica pelo judiciário está procedendo à demissão de técnicos e trabalhadores administrativos. Isto é significativo, uma vez que esta é uma camada que nunca esteve completamente solidária com a ocupação. Agora, eles estão vendo os fatos concretos da vida e que seus empregos não estão garantidos pelos patrões. Enquanto isto, o administrador garantiu para si mesmo um alto salário, muito além do que poderia ser aceitável mesmo do ponto de vista burguês. Somente para dar um exemplo do nível da repressão. A Esquerda Marxista tem um vereador eleito para a bancada do PT em Joinville, o camarada Mariano. Ele esteve envolvido na organização de jornadas, protestos etc., em apoio aos trabalhadores de CIPLA e outros temas, como o custo do transporte público. Este camarada enfrenta 19 diferentes casos judiciais que estão sendo levados contra ele, incluindo a interrupção do transporte público. Ele esteve sob ataque dentro do PT, mas também foi grandemente apoiado pela classe trabalhadora da cidade. No final deste ano ele é candidato à reeleição, e uma das batalhas que os camaradas estão enfrentando é a de garantir sua reeleição. Os camaradas discutiram toda a situação. O que surpreende não é o ataque às fábricas, mas o tempo em que eles foram capazes de administrar as fábricas sob controle operário, aproximadamente cinco anos. Os camaradas sempre tiveram a perspectiva de que, sem que o movimento das fábricas ocupadas se propagasse a outros locais de trabalho, mais cedo ou mais tarde ficariam isolados. A fábrica Flaskô ainda resiste, a despeito das tentativas por parte das autoridades de tomá-la. E outras fábricas que pertencem ao movimento ainda estão disputando. Pode-se dizer que a situação objetiva mudou um pouco desde que o Movimento das Fábricas Ocupadas foi iniciado. Um breve esboço da posição no Brasil também ajudará a entender tudo isto. A situação objetiva no Brasil O Brasil está experimentando um alto nível de crescimento econômico, mais de 5% ao ano. Vastos investimentos externos diretos estão entrando no país. Os camaradas relataram que, no último ano, estes investimentos foram maiores do que os que se destinaram à China! Novas fábricas estão sendo abertas e milhares de trabalhadores estão sendo contratados. Em algumas áreas existe atualmente carência de trabalhadores especializados, e o nível do desemprego, embora ainda relativamente alto, está menor do que era por anos a fio. Este fato apresenta dois lados: de um lado, explica a calma relativa na luta de classes; por outro, está fortalecendo o proletariado brasileiro. Há, de fato, uma situação contraditória na classe trabalhadora brasileira. O governo Lula introduziu o que é conhecido como "Bolsa Família", que proporciona um subsídio mínimo às camadas mais pobres da população. Antes de ser eleito, Lula prometeu que, uma vez no poder, ele asseguraria que todos os brasileiros tivessem três refeições ao dia. Isto não acontecia no passado. Graças à Bolsa Família, é um fato que todos os brasileiros agora têm três refeições diárias. Este fato é a explicação da permanência do apoio a Lula entre as mais oprimidas camadas da população. Por outro lado, há a privatisação das empresas de propriedade do Estado, cortes no estado do bem-estar social, ataques aos pensionistas, ataques às condições dos trabalhadores, um recuo de muitas das conquistas do passado. Deste modo, embora muitos trabalhadores estejam empregados e algumas camadas tenham até mesmo obtido aumento salarial acima do nível da inflação, há um sentimento de que as coisas estão se tornando piores nos locais de trabalho. Tudo isto está preparando uma reação para algum tempo não muito distante no futuro. Mas, por enquanto, a situação parece ser de calma relativa. Além disso, temos a atitude em relação ao PT. Embora as camadas mais pobres estejam solidárias com Lula, no seio de uma importante camada da classe trabalhadora organizada há um sentimento de ceticismo com relação a ele. Isto se pode ver na queda da militância do partido. Em muitas áreas o partido se fragmentou. Ano passado, viu-se isto muito claramente nas eleições dos delegados ao congresso nacional do PT. Supunha-se que haveria dois mil delegados eleitos desde as bases do partido. Entretanto, devido ao fato de que em muitas áreas não se obteve o quórum necessário, apenas cerca de 950 delegados puderam ser eleitos. Também devemos lembrar que o atual governo Lula é uma coalizão do PT com vários partidos burgueses. De fato o atual governo Lula virou mais à direita que no mandato anterior e muitos trabalhadores ativistas podem ver isto com muita clareza. Desse modo, a burocracia da CUT, a mais importante confederação sindical, está tentando deter o crescente nível de descontentamento dentro de suas bases. Isto também se refletiu em divisões na CUT. Apesar de que a esmagadora maioria da classe trabalhadora organizada permanece na CUT, um significativo número de federações sindicais rompeu com ela recentemente. Este fato reflete a frustração de certas camadas da classe com a atual liderança. Infelizmente, algumas forças políticas sectárias usaram isto para separar estas camadas da CUT, em vez de organizá-las como oposição dentro dela. Por esta via, elas separam as camadas mais avançadas, demonstrando assim o quanto não entendem sobre a conexão das camadas mais avançadas com as massas. Lênin deve estar se retorcendo em seu túmulo! A situação como um todo ajuda a entender porque o Movimento das Fábricas Ocupadas foi isolado e porque o estado decidiu que este é o momento para atacar. Contudo, seria errado subestimar o nível de apoio e de autoridade que o Movimento das Fábricas Ocupadas construiu dentro do movimento dos trabalhadores no Brasil e por toda a América Latina. O conjunto das federações sindicais e os sindicatos regionais declararam apoio ao Movimento das Fábricas Ocupadas. Além das fronteiras brasileiras, vê-se o grande respeito que ele adquiriu entre os mineiros bolivianos, que convidaram os líderes das Fábricas Ocupadas do Brasil ao seu próximo congresso este ano. Origens da Esquerda Marxista Como mencionamos, a Esquerda Marxista no Brasil emergiu de uma divisão na seção da Internacional lambertista. Esta é uma das várias correntes sectárias que emergiram do colapso da IV Internacional. Este grupo atacou a CMI da forma mais inescrupulosa, assunto que foi tratado em nosso documento: What the International Marxist Tendency really stands for - Reply to tht Lambertists (O que a Corrente Marxista Internacional realmente defende - Resposta aos lambertistas). O grupo brasileiro, na realidade, já estava em conflito com sua liderança internacional há muitos anos. Não foi uma separação súbita que explodiu de um dia para o outro. O que levou as coisas ao rompimento, contudo, foi o trabalho nas fábricas ocupadas e a análise da situação na Venezuela. O grupo de Lambert, embora oferecendo apoio formal, não mobilizou verdadeiramente apoio político ou material ao Movimento das Fábricas Ocupadas. Durante o período de ruptura o grupo sofreu manobras burocráticas e ataques daqueles que acreditava serem seus camaradas. Da mesma forma como foram atacados pelo estado e por parte do PT, também foram atacados por sua própria internacional. Conseguiram erguer uma tendência de boa envergadura e a maioria os acompanhou no que é hoje conhecida como Esquerda Marxista. Na realidade a ruptura ocorreu porque uma ala do grupo - que permaneceu entre os lambertistas - adaptou-se de forma oportunista ao PT. Depois de uma série de discussões, os camaradas finalmente chegaram à conclusão de que, embora fosse necessário romper com esta tendência oportunista, também era necessário manter uma posição de equilíbrio com relação ao PT, com a compreensão de que, a despeito da virada à direita de parte da liderança, o partido permanece sendo o mais importante partido da classe trabalhadora brasileira. Depois de um difícil período, particularmente o brutal ataque policial às fábricas ocupadas, a tendência emergiu fortalecida pela experiência dos últimos anos. Eles sobreviveram tanto aos brutais ataques do estado quanto aos ataques dos que pensavam serem seus camaradas. O ambiente agora é de entusiasmo e determinação para construir uma genuína Tendência Marxista no Brasil. A Escola de Quadros e o Congresso Esta disposição emergiu de forma eloqüente durante a Escola de Quadros e o Congresso. No primeiro dia da escola um representante da CMI fez um relatório internacional aos camaradas, sublinhando o desenvolvimento da CMI nos vários países onde ela opera. Não é um exagero dizer que os camaradas ficaram impressionados com o relatório. Houve camaradas que foram até o relator agradecendo-o com lágrimas nos olhos! O que surgiu das discussões com os camaradas foi o fato de que na Internacional Lambertista eles nunca tinham ouvido um relatório deste tipo. Eram mantidos alheios à situação nos outros países. Disseram que nunca ouviram um relatório tão detalhado, com número de militantes, o progresso de cada seção, uma explicação do trabalho que cada seção está fazendo etc. Isto lhes deu o sentimento de que esta Internacional, a CMI, é um grupo sério e que as coisas de agora em diante serão muito diferentes para eles. Depois se seguiram dois dias dedicados a dois temas, o Estado e a teoria da Revolução Permanente. Durante a discussão do Estado - conduzida excelentemente pelo camarada Castro - todos os clássicos do marxismo sobre a questão foram colocados em discussão, de Marx e Engels passando por Lênin. A questão do papel do estado encaixou muito bem com a experiência que os camaradas enfrentaram no último ano com a intervenção policial em CIPLA e nas outras fábricas. Depois se seguiu uma minuciosa discussão da teoria da Revolução Permanente - muito relevante para o Brasil - e que foi colocada excelentemente pelo camarada Daniel. Este tema provocou também uma ótima discussão. Finanças Acreditamos que um dos momentos mais importantes da escola de quadros foi a coleta de fundos. Não fazia parte da tradição do grupo fazer coletas em seus congressos. Os companheiros que assistiram no ano passado à escola da CMI pensaram que seria uma boa idéia tentar fazer o mesmo em seu congresso. Também introduziram um novo elemento: um balanço detalhado das entradas e saídas do ano passado e um orçamento para 2008. A coleta foi apresentada pelo camarada Caio que explicou os diferentes objetivos que havia para este ano. Depois houve intervenções de cada companheiro com o seu compromisso econômico. O valor recolhido foi de R$ 15 mil, aproximadamente seis mil euros, o que é um valor em dinheiro enorme se se leva em conta os níveis salariais do Brasil. Ademais, os companheiros se comprometeram a aumentar suas quotas regulares. O aumento total das quotas anuais é de R$ 10 mil, aproximadamente quatro mil euros, o que lhes permitirá o fortalecimento de seu aparato. Alguns camaradas duplicaram suas quotas. Outros prometeram quantidades importantes de dinheiro. Basta um exemplo: um camarada jovem que já estava com três meses de atraso em seu salário explicou que em pouco tempo receberia seus salários atrasados e que daria um mês de salário para a coleta de fundos. E, particularmente, há que se destacar o caso de um camarada demitido da CIPLA e que ainda luta por sobreviver, que deu as poucas notas que tinha no bolso. Existia um sentimento genuíno de esforço coletivo, da menor contribuição à maior. O congresso Logo após a escola de quadros teve início o congresso da organização. O documento principal era o de análise geral e das perspectivas da situação no Brasil, que também colocava a questão de sua filiação internacional. O documento explica claramente o seu desejo de se afiliar à CMI e faz uma petição formal. Esta proposta foi aprovada unanimemente por todos os delegados e convidados. Não houve uma só palavra de desacordo ou dúvida. Quando for celebrado o congresso mundial da CMI, sua filiação será aceita e, assim, se constituirá na seção brasileira da CMI. Na prática já atuam como tal. Já temos dois anos de trabalho conjunto e sua união é somente uma questão formal. Na Venezuela, onde tinham um pequeno grupo, estes camaradas uniram-se à CMR numa organização única. Este foi um importante passo para o desenvolvimento da CMI na América Latina e em escala mundial. O Brasil é um país muito importante. É o quinto país mais povoado do mundo, com uma população de 200 milhões de habitantes, mas o mais importante de tudo é que conta com uma classe trabalhadora muito grande e com uma tradição muito militante. Apesar da atual direção de Lula, não devemos esquecer que o PT surgiu das lutas militantes dos trabalhadores metalúrgicos, principalmente na região de São Paulo. Os camaradas da Esquerda Marxista têm uma longa tradição e contam em suas fileiras com membros fundadores do PT, como Serge Goulart. A composição social do grupo também é importante. Como já mencionamos, em suas fileiras militam os dirigentes do Movimento de Fábricas Ocupadas, muitos dirigentes sindicais importantes, dirigentes do Movimento Negro Socialista e uma camada ampla de jovens. O grupo também está implicado na extensão das idéias do marxismo em nível internacional. Tem estreitos contatos no Paraguay entre dirigentes das fábricas ocupadas, que criaram vínculos com as fábricas ocupadas brasileiras. Estes dirigentes também estão interessados na CMI. Têm contatos no Uruguay e laços estreitos com os mineiros bolivianos. O grupo brasileiro pode desempenhar um papel fundamental no desenvolvimento da CMI em toda a América Latina. Orientação A questão da orientação também surgiu nas discussões. Os camaradas corrigiram a orientação do último congresso do grupo em 2007, reafirmando o objetivo de construir uma corrente marxista no PT. Antes de tomar esta decisão tinham abandonado o trabalho no PT. Foi a experiência concreta das eleições no final de 2006 que os convenceu da necessidade de continuar se orientando ao PT. Contudo, esta correção por si só não resolve o problema de como construir nas circunstâncias imediatas. Como explicamos antes, o PT atualmente passa por uma etapa de refluxo. Perdeu militantes, para alguns trabalhadores e jovens mais avançados não é uma opção atraente. Este fato coloca a questão de como atrair as melhores camadas ao mesmo tempo em que se consegue construir uma posição dentro do PT. Nesse aspecto a situação no Brasil é muito parecida a de outros países e, portanto é posta a necessidade do trabalho independente. Decidiram concentrar esforços em uma das campanhas, a campanha de solidariedade com a Venezuela. Lançaram a campanha Tirem as Mãos da Venezuela no Brasil. Também possuem sua frente juvenil: "Juventude Revolução" que vem atuando como uma frente juvenil aberta. Este é um canal através do qual podem atrair jovens diretamente para a corrente. Votaram uma resolução para fortalecer esse trabalho. Foram aprovadas outras resoluções sobre: Organização, Comissão eleitoral, Campanha de reeleição do vereador de Joinville, Trabalho sindical, Fábricas Ocupadas, Educação política, e o Movimento Negro Socialista. Conclusões Em 1992 nossa corrente na América Latina se limitava a nossas pequenas forças no México. Desde então nos estendemos a Argentina, Venezuela, Peru, Bolívia, El Salvador, Canadá e EUA. Também temos contatos no Paraguai, Uruguai, Honduras, Guatemala, Colômbia e Chile. Em Cuba estamos contribuindo para o debate sobre o destino da revolução, participamos neste ano da Feira do Livro de Havana com a apresentação do livro de Trotski: A Revolução Traída. Quando começamos este trabalho a 7 ou 8 anos, muitas seitas latino-americanas nos atacaram por sermos um grupo "europeu" que não compreendia o que estava acontecendo na América Latina e que não conseguiríamos construir coisa alguma ali. Isto reflete sua míopia e a falta de um verdadeiro internacionalismo. Na realidade estamos demonstrando, com resultados concretos, que podemos crescer em qualquer país. Não é uma questão de se temos ou não bases no continente, a questão é ter uma análise correta, compreensão, perspectivas e métodos. Somos marxistas, internacionalistas e nosso dever é construir a corrente em todos os países. A afiliação do grupo brasileiro representa um avanço importante nesta tarefa histórica.